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Salvador, Bahia, Brazil
Eduardo Vasconcelos

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Ninguém sabe o duro que dei

Tive a oportunidade de conhecer a música de Simonal há 10 anos, apresentado por D. Ivete ao regravar Sá Marina. Só depois de ver um pouco de sua atuação pude compreender inclusive a escolha da musa... Simonal fazia com as massas o que a musa faz hoje com o povo que a acompanha, com um estilo popular (tão criticado por alguns "intelectuais" ainda hoje), um domínio monstruoso e uma popularidade impressionante. Só que estamos falando de um negão e de uma década de 60- início de 70!!!! Longe de querer comparar dois artistas com padrões sociais e situações históricas tão distintas... mas o estilo adotado por alguns artistas populares hoje em dia provam que Wilson Simonal, que comandou 50 mil vozes no Maracanãzinho cantando "Meu limão, meu limoeiro" como se fosse a coisa mais natural do mundo (link do audio: http://www.escutaisso.com.br/jornalismo/wilson-simonal-meu-limao-meu-limoeiro ), fez escola!!! Ao ver, no final do ano passado, um anúncio de uma exibição especial do documentário "Simonal - Ninguém sabe o duro que dei", me arrumei bonitinho e fui correndo ao cinema da UFBA assistir em um fim de tarde de domingo. Pra minha feliz surpresa a sessão estava bem cheia. Mais feliz ainda fiquei ao ver o resultado do documentário... um registro, antes de tudo, do talento e do artista que foi Simonal. O filme não visa endeusar a pessoa Simonal (muito pelo contrário), mas reconhecê-lo como grande artista que foi. E coloca alguns pontos no "is" na história que levou o ídolo ao total ostracismo... TOTAL!!!!! Impressionante como um artista do porte de Simonal foi soterrado, sem segunda chance, após um escândalo político do qual foi publicamente inocentado pela OAB em 2003, 3 anos após sua morte decorrente das complicações de um quadro de depressão e etilismo.
Saí do filme recomendando-o aos amigos e faço isso aqui no blog novamente, ja que agora ele está sendo exibido nos cinemas (aqui em SSA acho que ta no Espaço Unibanco - Glauber Rocha). As reflexões pós-filme são mais profundas do que a gente pode inicialmente imaginar. Vale a pena ler sobre, ver sobre e, acima de tudo, ouvir Wilson Simonal.

Um comentário:

  1. PRETOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO KD VC, MEU AMIGO???
    Vai ficar aí, é??? Faz isso não...

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